domingo, maio 19, 2024

A Renovação conservadora

BLOG DO LEOA Renovação conservadora

As eleições de 2018 destruíram boa parte dos velhos caciques que dominam a política há muitos e muitos anos. Legendas poderosas como DEM, PSDB e PMDB diminuíram consideravelmente seu tamanho e sua força. O PT ainda é o partido com maior representação na câmara dos deputados e o PSL é a grande sensação das eleições, por conta de Jair Bolsonaro que arregimentou milhões de votos para ele e para deputados e senadores.

Vê se uma renovação na política, nos nomes e nos partidos mas não nas ideias. Se seus ideais não estão arraigados a velha política, estão presos ainda a uma onda conservadora que emergiu nos últimos anos, especialmente após 2015

Conservadores nos costumes, alguns deles carregam o âmbito do sentimento da família e da ideia do foco na segurança pública, como no caso de vários deputados eleitos com os codinomes cabo e sargento.

Após o Impeachment, a esquerda se fragmentou e foi muito mal nas eleições de 2016 e foi muito mal nessa também.

A diferença é que outros partidos e caciques políticos também foram muito mal e perderam vagas que eram consideradas como certas.

César Maia, Eduardo Suplicy, Filhos de Cunha, Picciani, Cabral, Crivella por exemplo. Cristiane Brasil, Lindbergh Farias, Dilma Rousseff, Romero Jucá, Eunício Oliveira e tantos outros.

Ao mesmo tempo aparecem Kim Kataguiri, Alexandre Frota, Arthur Mamãe Falei, Alexandre Knoploch, Hélio Bolsonaro, Joice Hasselmann, Cabos e Sargentos, Arthur Zema para o governo de Minas. Na esquerda Marcelo Freixo, mas este não é novidade.

Janaína Paschoal, que ficou mais conhecida no período do Impeachment, foi a deputada estadual mais votada na história do país.

Assim como Eduardo Bolsonaro. Há um outro cenário.

Que não representam nada além de um radicalismo conservador de direita na política quando também poderão ser base de um governo Bolsonaro, caso eleito.

Nomes importantes na esquerda e na direita ficaram fora. Tanto no senado, quanto na câmara e no executivo.

O cenário mudou e dentro do espectro da centro direita, o PSDB foi o mais atingido. Perdeu representatividade e vários parlamentares além da péssima quantidade de votos de Geraldo Alckmin.

O caminho aponta a princípio para um radicalismo ainda maior. Vindo de uma ala do PT e da renovada ala do PSL e DEM, que nova não tem nada.

É ótimo que as velhas estruturas sejam quebradas mas apontamos a um conservadorismo na política que preocupa a medida que a sociedade avança em outros temas que sequer deveriam ser temas de debates políticos mas há uma insistência desses grupos em falar de moral e costumes.

É preciso uma renovação democrática. Seja de esquerda ou direita mas que avance e em temas de importância para todos. Debates, sem extremismo.

Talvez esse seja o grande desafio dos parlamentares do PSL, apesar que Jair Bolsonaro não fará muita questão de mudar essa imagem não.

Foto de Fernando Frazão da Agência Brasil

Check out our other content

Check out other tags:

Most Popular Articles