sábado, maio 18, 2024

O eterno CEJK

BLOG DO LEOO eterno CEJK

Há exatamente 58 anos atrás, começava a existir o Colégio Estadual Júlia Kubitschek ou a Escola Normal Júlia Kubitschek como era o nome conhecido. Não era no prédio atual na Rua General Caldwell mas era ali próximo, no Liceu.

Minha história com o Júlia começa no final de 2005 quando me inscrevi na prova de seleção para o colégio, foi o último ano, que eu me lembre o único ano que teve essa prova como qualificação para entrar no Júlia e fui de 2006 até o final de 2010, já maduro com vinte anos de idade.

O Cejk era e é um colégio diferente dos outros. Até quem não é do Júlia sabe disso.

Talvez o Pedro II também tenha uma magia semelhante mas para os alunos, ex alunos principalmente, funcionários e professores, o Júlia tem uma magia especial.

Tem uma coisa de gostar, de amar aquele lugar, com uma característica toda especial.

Foram anos naquele lugar onde entrei um menino e saí um homem. Vivi ali grandes momentos e aprendi muito.

De namoros de adolescente até campeonatos de futebol, eleições de Grêmio, amizades, brigas, aprendizado e muito, muito estudo.

Foram cinco anos de uma vida. Dez por cento da história do colégio eu estive presente.

Tanto que até hoje eu, assim como vários de vocês ex-alunos que estão lendo o texto são respeitados e tem contato com os professores e diretoria.

Dali saíram pessoas para as mais diversas formações. Saíram professores, advogados, árbitros de futebol (Alexandre Tavares), artistas, jornalistas, YouTubers ( a famosa Boca Rosa), chefs de cozinha mas que no comum vieram desse lugar mágico.

A vida leva pra cada canto uma pessoa, um amigo então você que estuda no Júlia e está lendo esse texto saiba disso aqui:

Saiba que o brasão que você carrega, a estrela aí no seu peito no seu uniforme de gala dizem muito do que é o colégio.

Da importância, da imponência, do jeito diferente de ser.

O hino do colégio você jamais irá esquecer.

“Salve Júlia Kubitschek, templo Augusto doce lar.

O teu nome saberemos, entre luz glorificar”

E o ” A marchar com galhardia…”?

Toda vez que você estiver com o uniforme, você representa mais que o colégio e sim o futuro da educação no nosso país, tão vilipendiado pelos governantes de forma histórica e cruel.

Cada um tem sua história, sua lembrança, seu tempo. Guardo com muito carinho o meu.

E você que estuda lá, guarde com carinho o seu.

Aproveite, viva esse momento.

Hoje, dia da Festa de Incorporação era um dos dias mais especiais no colégio pelo menos para mim.

Me lembro de 2006 na primeira vez, em 2007 já com a turma de segundo ano, 2008 já no horário da tarde mas com uma festa inesquecível, com uma rivalidade tosca com o quarto ano por causa de Grêmio, em 2009 e em 2010 onde um golpe impediu meu Grêmio de tomar posse naquele dia mas foi um dia inesquecível onde revi o mestre Edison Borba, o maior professor da história do Colégio.

Essa festa é especial.

É a Incorporação dos novos alunos, a estrela do primeiro ano no peito, o orgulho de pertencer a uma das melhores instituições de ensino públicas do estado do Rio de Janeiro.

Tão importante que no último ano se torna mais emotiva, pela despedida.

Falar de pessoas com quem estudei e vivi ali é até covardia. Tive a felicidade de conhecer muitas pessoas maravilhosas. Tive a felicidade de ser uma pessoa popular no colégio, logo eu um tímido atroz nos primeiros anos e ter construído durante e depois do colégio diversas amizades com pessoas que tiveram esse mesmo sentimento de amor ao CEJK que eu tive, que eu tenho.

Até hoje me lembro dos momentos. Lembre se dos seus e guarde com o mesmo carinho.

A quadra, o multimeios, as salas de aula, de pesquisa, a direção (quanto trabalho eu dei a Sheila Guimarães e a Luzia Tavares grandes diretoras, grandes mestras), os cantinhos, tudo.. tudo me remete a boas lembranças.

De uma época que o país era outro. Que o Rio de Janeiro era outro, que as redes sociais não eram como hoje.

Tudo fica na nossa cabeça.

O Cejk é a lembrança de como éramos felizes, é a lembrança da pureza na melhor fase da nossa vida, é a lembrança de como a vida era diferente e mais colorida.

Toda vez que vejo alguém com aquele uniforme me bate uma sensação boa e a lembrança do passado.

Da mesma forma quando passo ali por perto.

Da mesma forma nas festas do colégio, festa de incorporação, junina e tantas outras.

O CEJK é lembrança boa, de vida.

Hoje é dia de mais um começo naquele que é o lugar onde mais cresci como ser humano, mais do que na Globo.

A festa de incorporação marca porque todo mundo lembra da sua primeira e da sua última

Ali você vive amores, brigas, encontros, amizades, histórias.

Cada um sai com uma história pronta para contar num livro dali.

Por isso, a professora Regina Castelo Branco, de Sociologia seja tão feliz quando faz aquele trabalho de memórias no último ano. Porque reúne as suas lembranças e faz você ver que valeu a pena tudo isso.

Fiz o quarto ano. Sim, o CEJK que faz hoje o ensino convencional de três anos num integral puxado já foi em quatro anos e com folgas nas segundas e sextas.

Era uma outra época, como disse.

Hoje as pessoas vivem as mesmas coisas mas as gerações constroem as suas histórias lá.

Mas o CEJK permanece o mesmo. O amor ao colégio dos alunos permanece o mesmo.

A briga por melhorias hoje é maior, hoje o jovem é diferente. Ainda bem.

A experiência sempre é rica.

Mas o CEJK na sua essência não mudou. Continua o mesmo.

Com aquele corredor… Com as salas de aula… O refeitório, a quadra, o chafariz… Com a vida.

Aproveite o Cejk, aproveite as amizades, o lugar, as pessoas. Viva intensamente esse lugar e as pessoas que ali conviverem contigo.

Porque as pessoas, as gerações passam, mas o CEJK é eterno.

Na nossa mente, na nossa lembrança, na nossa vida.

Viva o Cejk.

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