segunda-feira, maio 20, 2024

Reset no Rio de Janeiro

BLOG DO LEOReset no Rio de Janeiro

Vivemos um momento dos mais importantes da política fluminense e consequentemente nacional, já que o Rio de Janeiro é um estado que repercute tudo o que acontece.

O Rio de Janeiro é o único estado da federação onde os três últimos governadores, fora o atual estão na prisão. Se isso não é impressionante, no mínimo é de chamar a atenção. Além deles, três nomes que influenciavam diretamente na política como Jorge Picciani, Edson Albertassi e Paulo Melo.

Isso revela como votamos mal. Influenciados pelo populismo barato de Garotinho, Rosinha e Cabral. Os três que já foram aliados, hoje são rivais mortais nas prisões.

Garotinho chegou a se auto mutilar e alegar que foi agredido para sair da companhia de Cabral e companhia.

É sua terceira prisão em um ano. Garotinho se diz vítima de perseguição.

De fato, a mídia, especialmente a dominante, os chamados “grandes veículos” enxergam com péssimos olhos governantes populistas, que ao invés da economia bem regrada, austera preferem projetos que beneficiem diretamente a população parecendo para eles “demagogia”.

Garotinho é um exemplo. Lula é outro exemplo. Assim como Paulo Maluf e tantos outros na história.

A diferença é que infelizmente alguns deles acabam indo na lama da política geral e ficam conhecidos pelo rouba mas faz.

Garotinho é acusado de comprar votos através do Cheque Cidadão, projeto bem sucedido no Rio de Janeiro numa eleição em que Rosinha PERDEU através de seu candidato.

Outra acusação, a recente dá conta de pagamento de propina de empresas em contratos oficiais. O famoso caixa dois.

Na prisão do ano passado, um espetáculo sensacionalista transformou o ex governador em meme quando este se recusou a ir para o hospital. Sensacionalista do ex governador e da mídia que repetiu a cena com prazer poucas vezes vista antes.

Garotinho é bandido, na minha opinião. Fanfarrão, um político populista, demagogo. Mas tem projetos que até hoje fazem falta ao Rio de Janeiro e que diretamente beneficiaram a população. Principalmente a mais carente.

Mas perto de Cabral e é peixe pequeno.

Cabral comandou um esquema de propina desde quando estava no governo. Deu isenções fiscais que comprometeram o caixa do estado.

A consequência tá aí.

Crise financeira do estado.

Cabral era o cara entre 2006 e 2012. Em 2010 foi seu melhor ano, inaugurando UPPS a rodo e após a invasão do BOPE ao Complexo do Alemão teve aprovação absoluta, vencendo ainda no primeiro turno a eleição para governador com 66%.

Era postulante a ser vice de Dilma. E quem sabe até uma candidatura próxima.

Mas as acusações já aconteciam. Adriana Anselmo já era acusada de benefícios com propina aos empresários de ônibus.

No debate de 2010, Cabral foi sabatinado pelos outros candidatos de maneira veemente sobre a farra do guardanapo, os jantares em Paris com dinheiro público denunciados por Garotinho, vejam só.

A partir de 2011, após um acidente de helicóptero que matou a nora, namorada de Marco Antônio Cabral suas ligações com Eike Batista, outro que tá aí com nome sujo e com empreiteiros se revelou.

As UPPS começam um desgaste em 2013 e na onda das manifestações grupos acamparam na casa do então governador exigindo explicações sobre as ligações sujas.

Pezão, que era vice e secretário de obras assumiu em 2014 para uma nova eleição. Dificilmente ele não sabia de alguma coisa e passará ileso por tudo isso.

O PMDB dominava o Rio de Janeiro. Jorge Picciani sempre deu as cartas de toda a política no estado.

Os empresários de ônibus tão amigos do PMDB já contavam com aumentos de passagem com a mesma desculpa do ar condicionado, que já era pra ter entrado desde 2014.

As relações escusas entre Fetranspor e Rio Ônibus com o PMDB ficando as claras mostra os reais culpados pela situação em que se encontra a cidade e o estado.

Quem assumir o governo em 2019 estará pegando uma bucha quentíssima.

Assim como foi a cidade em 2017. Crivella assumiu uma cidade falindo graças a megalomania do Prefeito Eduardo Paes, um protegido da grande mídia.

Ele também está na boca do furacão e ainda existem pessoas que querem a sua volta.

Compreensível.

Há ainda defensores de novos mandatos de Garotinho, Lula até mesmo de Maluf e Michel Temer, olha só.

Reforma política?

Nem tão cedo veremos.

O que veremos é mais do mesmo em 2018.

Lula já acena com os “golpistas” mostrando que isso sim é a política.

E não a nova política como sonhamos.

Pelo contrário. A nova política é ridicularizada.

Um reset nos políticos, na mídia e nos extremistas de plantão seria interessante.

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Leonardo Oliveira é estudante de jornalismo e criador do Blog do Léo. Desde 2016 o Blog oferece informação e opinião através do amplo debate livre e limpo.

Leonardo já passou pela Agência Jovem de Notícias, cobrindo a Rio + 20 em 2012, pelos sites CDD NA TELA, Destino ATW, Na Tijuca e cobriu os carnavais de 2015 a 2017 pelos sites SRZD e Carnavalesco. Participou do projeto Parceiros do RJ pela Rede Globo de 2013 a 2014.

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