O DIA
Rio – A Câmara Municipal aprovou, na tarde desta quinta-feira, o projeto de lei que proíbe a dupla função de motoristas de ônibus e garante a volta de cobradores aos coletivos. O texto segue para sanção do prefeito Marcelo Crivella, que decidirá quando o decreto entrará em vigor.
A proposta aguardava a segunda votação desde junho deste ano. Na última vez que havia entrado em pauta — no dia 7 de junho— contou com um número expressivo de rodoviários nas galerias da Câmara, mas a apresentação de um substitutivo retirou o projeto de pauta
Em nota, o Rio Ônibus informou que considera a decisão da Câmara Municipal sobre a volta dos cobradores aos ônibus da capital, indo contra o movimento da sociedade por transparência.
“A medida ignora que todos os ônibus do Rio têm bilhetagem eletrônica (a exemplo de outras grandes cidades do mundo) e que o Supremo Tribunal Federal (STF) já ratificou decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) considerando as funções de motorista e cobrador compatíveis entre si”, diz um trecho do sindicato das empresas de ônibus Rio.
De acordo com o Rio Ônibus, mais de 70% das transações nos ônibus municipais são feitas com cartões RioCard e a cobrança da passagem pelo motorista só acontece nas linhas com pelo menos 70% dos pagamentos feitos eletronicamente, conforme autorização da Secretaria Municipal de Transportes.
LÉO OPINA
Já estava na hora dessa decisão acertada na câmara, votada quase que em unanimidade. Estranhamente o vereador Leandro Lyra, do NOVO votou contra.
A Rio Ônibus, que junto com a Fetranspor representam o que existe de mais arcaico na gestão dos ônibus do Rio de Janeiro não pensa na qualidade da função e nem na segurança dos seus funcionários.
Eu por diversas vezes preciso esperar o motorista parar num ponto para poder pagar o valor da passagem. O motorista tem que olhar o passageiro que entra, o trânsito em si. A pressão psicológica existe e é grande e deve ser levada em consideração.
A volta dos contadores melhora a qualidade do serviço e ainda gera empregos.
A Caixa preta dos ônibus do Rio de Janeiro precisa ser aberta.