Antônio Tabet é empresário, humorista e trabalha na comunicação do Clube de Regatas do Flamengo. Escrevia também aos domingos uma coluna no Jornal O Globo onde falava sobre política e sociedade.
Há um mês sua coluna no Jornal O Globo foi encerrada por causa de dois artigos críticos ao “jornalismo” do Jornal EXTRA. O primeiro é genial e mostra como a não notícia, o sensacionalismo barato domina publicações que ao invés de populares, se propõem a ser popularescas, transformando em notícia, a não notícia. Esse é o primeiro texto.
O fato a época foi a absurda capa do EXTRA ofendendo o jogador Alex Muralha do Flamengo. Da mesma forma que a mídia transformou Fred em cone, Dunga em zangado e Neymar em ídolo, a mídia faz um carnaval em cima de Muralha, assumindo a sua posição torcedora. Muralha não era mais Muralha.
Era uma não notícia, junto com outras obviedades do jornal que é mostrar bunda de Anitta e como Pablo Vittar é o novo “ídolo” do país.
Será que o Extra pode ser chamado de jornal?
O segundo texto, com uma porrada séria e que provocou a sua saída do jornal veio mista a proibição do Flamengo ao jornalista do Extra de fazer determinada pergunta que teria partido de Tabet.
Tabet pagou o preço de dizer a verdade. Mas na boa? Ele tá cagando pra isso. É rico, é um dos cabeças do Porta dos Fundos e não precisa do Jornal EXTRA pra nada. Muito menos do GLOBO. O segundo texto é esse e é uma crítica ao fato de hoje, termos uma geração de jornalistas Nutella que não se preocupam em apurar. O que importa é o clique fácil. Já falei muito disso aqui no Blog.
Não precisa fazer jornalismo de merda pra ter audiência. Tem um cara que é um dos jornalistas mais cafajestes que eu conheço adora publicar não notícias e nisso faz o seu ganha pão. Assim como um dono de site de carnaval que se diz referência mas não tem uma câmera, muito menos formação em jornalismo e faz um jornalismo de merda querendo cobrar taxa de compositor de samba (fracasso total) além de ser conhecido no meio como mau caráter.
Sem fazer jornalismo de merda e publicar fake News e nem sensacionalismo, o Blog do Léo alcançou esse mês sua melhor audiência em 2017.
Voltando ao Jornal EXTRA, observo há algum tempo como o jornalismo sério e isento foi deixado de lado pelo braço irmão mais novo do Jornal O GLOBO.
As matérias contra Muralha tentando fazer graça, o jornalismo do lacre no lugar de notícias bem apuradas e a opinião dentro da notícia tornando a totalmente parcial.
O que não é recomendado pelos princípios editoriais do Globo, o EXTRA faz.
Não apura, publica. Faz o jornalismo do lacre que é tentar impor na nossa goela merda.
Jornalismo de merda que trata tudo aquilo que é conhecidamente ruim, como bom, como parte de uma agenda supostamente mais liberal.
O EXTRA é o único jornal que mostra os lacres de “Anitta”, a nova Elis, diziam eles.
Aliás, Anitta aparece mais no jornal por causa da bunda e dos bafos do que pela música.
Que relação é essa?
Por que o Extra cada vez mais faz jornalismo do nível site EGO, um site que não faz falta nenhuma no jornalismo?
Roberto Marinho deve estar se revirando no caixão com o jornalismo praticado pelos seus filhos, que já admitiram em 2013 em entrevista ao excelente Observatório da Imprensa que o objetivo é fazer uma linha de noticiário mais liberal a esse ponto.
Mas convenhamos.. até pra falar de política, o Extra é ruim, é péssimo.
A convivência pacífica do grupo que comanda o jornal com os governos Eduardo Paes e Luiz Fernando Pezão transformaram o Rio de Janeiro numa vítima da crise, cuja qual os governantes nada tem a ver com isso.
Pezão coitado sequer é criticado pelo Jornal.
Verdade seja dita. Quando o EXTRA fala de violência e segurança pública é exemplar, excelente.
Fala o que tem ser falado.
Mas não cita os verdadeiros responsáveis. Luiz Fernando Pezão e Sérgio Cabral Filho.
Sérgio Cabral foi preso e tá envolvido em tramóias corruptas. Não dá pra esconder isso.
Mas não dá pra esconder como o jornal sempre foi simpático ao governador.
Até mesmo manifestação convocada pelo ex-governador o Jornal encampou.
Com Eduardo Paes, a saúde estava uma maravilha, o Rio era o paraíso Olímpico, nosso prefeito era o camarada, o símbolo do carioquismo, independente da saúde estar ruim, independente das obras do Museu do Amanhã (feitas em parceria com a Fundação Roberto Marinho) terem sido feitas em detrimento a obras numa favela carioca.
Não se tem notícias da época da saída de Paes a situação da saúde e educação no Rio.
Foi simplesmente Marcelo Crivella assumir a prefeitura que o Rio virou um caos.
A saúde de primeiro mundo estava a míngua. O rombo deixado por Paes era mimimi de Crivella.
Seguindo uma lógica dos princípios editoriais do jornalismo das organizações Globo onde são totalmente contra populismo, trabalhismo políticos como Lula, Garotinho, Crivella e até mesmo Donald Trump, cuja única coisa em comum é o populismo entre eles.
A briga com Leonel Brizola era muito semelhante.
Crivella apanha todos os dias no noticiário. Transformaram a nomeação de um parente do Bispo Macedo em um crime hediondo, em nepotismo. Sendo que como parente de segundo grau, NÃO HA NEPOTISMO na nomeação.
Transformaram a religião evangélica numa seita de ignorantes e intolerantes que usam Deus para agredir religiões afro brasileiras.
Crivella é o vilão do carnaval carioca, sendo o homem mau que tirou a verba das escolas de samba. A Liesa, segundo sambistas e este que vos escreve a pior responsável pela crise que o carnaval atravessa é poupada.
Tudo em nome de que?
Crivella é vilão por falar Deus no discurso.
Nos Jornais O DIA e JORNAL DO BRASIL, mais simpáticos a Crivella a notícia é a de que ele reabre creches, fato noticiado aqui também, não há uma nota no GLOBO.
A melhora no Turismo do Rio de Janeiro sendo o destino mais procurado do Brasil também não são notícia.
Os elogios de Boni e Ricardo Amaral a gestão Crivella são ignoradas.
Pelo contrário: Nos comentários do jornal, uma seita de ignorantes que apenas ofende Crivella e a Igreja Universal sem o menor cabimento e fundamento,apenas despejando preconceito contra os evangélicos.
Quanto mais falar mau de Crivella melhor.
Se ele não fala ao jornal vira notícia!!
Ele não depende do jornal para falar nada. Ninguém tá preocupado se o jornal vai ficar bravinho porque o político que ele não gosta não fala.
Por que não assumir que é oposição a Crivella ?
A nomeação do parente de Bispo Macedo na notícia é absurda. Desqualifica a formação do mesmo falando que ele é formado no “antiquado” curso de Processamento de Dados.
Ancelmo Góis é formado em jornalismo, se é há muitos anos. O curso de jornalismo que muda a toda hora é antiquado se formos pegar o que ele fez.
Apesar que sua coluna, que era conhecida por ser uma referência hoje é nem sombra do que foi. Perseguindo Crivella também.
Misturar posição empresarial, religião e política faz parte do mau jornalismo.
Que no impresso fracassa cada vez mais, é cada vez menos levado a sério..
Que faz um jornalismo sensacionalista que era legal nos anos 80, mas hoje não. Hoje é uma merda.
Hoje com cada vez mais acessos a notícia, queremos ler apenas a notícia.
Se Crivella fica quinze minutos sem se pronunciar sobre a guerra da Rocinha ele é omisso.
Mas quem deveria falar era o Pezão né?
O governador que não paga a ninguém, que deixa o Rio minguando fechando bibliotecas, hospitais não é citado, nem falado é.
Imagina se o governador do Rio de Janeiro fosse Marcelo Crivella.
Não que Crivella seja um excelente prefeito mas é preciso ter mais responsabilidade, imparcialidade.
Não precisa ser como O DIA e JB mais simpáticos ao Prefeito, mas não precisa ser um EXTRA que só critica.
Por que não deixar de fazer o jornalismo de lacre e o não jornalismo e começar a fazer jornalismo de verdade com pautas bem apuradas.
E sim, jornalismo crítico.
O único respiro de bom jornalismo foi na cobertura da guerra no Rio de Janeiro.
Crivella tem que ser criticado sim. Mas pelo que faz no seu governo de concreto. E não com fanfics, factóides e maldade intencionada nas notícias.
Não adianta falar que com Freixo seria diferente. Ele apanharia menos, mas apanharia também.
O jornalismo de 31 de Dezembro ficou tão diferente em 1 de Janeiro cuja notícia do dia era o fato de Crivella falar Deus sete vezes no discurso de posse.
Com a crise, que fez Extra e Globo praticamente trabalharem juntos fica meio difícil cobrar muito trabalho e jornalismo de qualidade.
A crise da qualidade não é só no EXTRA. É bom que se diga.
Mudanças foram anunciadas. A excelente Ruth de Aquino ficará responsável por todas as marcas do grupo. Fiz um pedido a ela no Facebook:
Cuide bem do Extra, o bom jornalismo precisa de um veículo da pujança dele como voz ao Rio de Janeiro.
Precisamos de um jornal responsável, imparcial acima de tudo.
