Você fica espantado ao ver o quanto estamos cada vez mais dependentes de nossos celulares, computadores e demais máquinas? Fica abismado ao ver o quanto estamos cada vez mais conectados ao mundo e aos outros via Internet e ao mesmo tempo distantes em algum nível? Sabe como isso tudo também se conecta a você te oferendo anúncios baseados em seus interesses já que para algo você sempre é um público alvo? Que o que aparece pra você nas redes geralmente é aquilo que você quer ver, te colocando assim num mundo- bolha onde cada vez mais você parece fazer parte do “lado certo” dessa tal sociedade?
Você já parou pra pensar no quanto essa “revolução das máquinas” aconteceu de maneira absurdamente rápida? Já parou pra pensar que a pouco mais de 10 anos o seu computador era um trambolho, você acessava a Internet discada depois da meia-noite e baixar uma música podia demorar horas, talvez dias? Que na mesma época um moderno celular que mandava mensagens de texto era capa de revista por tamanha e assustadora tecnologia? Isso pra não voltar mais no tempo e pedir pra você perguntar para os seus pais como eram os primeiros celulares que chegaram no mercado e como era para ter acesso a um. E como uma simples progressão, o fato é que quanto mais desenvolvemos nossas tecnologias, mais rápida se torna a nossa capacidade de desenvolve-la ainda mais.
Somos redes sociais, jogos, canais de Youtube, somos o relaxar pra curtir uma série no Netflix. Somos Selfie, viciados em ler comentários, criadores de “textões” como esse e likes. Somos a foto certa pro perfil, o não precisar lembrar porque é só “dar um Google”, somos o aplicativo de Yoga e vídeo-aula. Somos o aplicativo do banco, o caixa eletrônico e o cartão com chip. Somos o “mantido vivo por aparelhos”, somos a receita passo a passo daquela página num vídeo de 3 minutos, somos o comentário traduzido automaticamente de um tailandês numa página de noticias britânica. Somos memes, seguidos e seguidores, somos petição online e opinativos de enquete no site do senado. Somos a Wikipédia, o GPS e o tutorial de como acessar e o que é a porcaria da Deepweb. Somos realidade virtual, nós somos códigos. E por ai vai!
Tudo isso é uma etapa, nada mais do que isso. Vivemos a PRIMEIRA ETAPA de nossa própria transformação, do que pode ser a nossa salvação ou nossa destruição, mas se tivermos sorte de não nos matarmos antes, poderemos tratar como adaptação dentro de nosso processo evolutivo, sobrevivência. Até sobre a escassez de certos recursos para a sobrevivência humana, não temos apenas as opções de preservar ou buscar produzir mais recursos, também temos a possibilidade de trabalharmos para não precisar mais desses recursos.
Na SEGUNDA ETAPA desse processo passaremos a acessar a internet sem a necessidade de coisas que se tornarão obsoletas, como o celular. Estaremos em rede conectados quando e ao que bem entendermos através de nosso cérebro. Aumentaremos nossa capacidade cerebral através de mecanismos tecnológicos transformando o nosso corpo no meio, a rede será a nuvem onde vamos passear com as mãos livres, nosso cérebro fará upload e Download de dados e assim seus filhos ou netos poderão aprender a dirigir ou falar um idioma (se ainda os tivermos em quantidade) em questão de minutos. Já pensou em sentar-se no seu sofá e revisitar como que dentro de um filme a cena que você vivenciou na semana anterior, quase como uma máquina do tempo e “estando” lá? Isso é pouco perto de todas as incontáveis possibilidades.
Se você pensa que isso tudo é loucura, lembre-se de tudo que é banal em sua vida hoje e que um dia era absurdo de se pensar, e saiba que já estamos caminhando pra isso. Não seria mais loucura ainda se eu te contasse que os maiores investidores desse ramo afirmam categoricamente que ou chegamos nesse ponto ou não poderemos competir com as Inteligências Artificiais num futuro próximo? Seria loucura eu te dizer que se temos plena capacidade de construir um Mundo Artificial então nada impede a possibilidade de que já fizemos isso e estamos nesse mundo agora? Ou quem saiba eu esteja indo longe demais e o aplicativo REPLIKA (que é muito Black Mirror) que virou noticia essa semana onde você “ensina” uma I.A a ter a sua personalidade para tornar essa personalidade perpétua não vai dar muito certo? Em pouco tempo saberemos, porque agora tudo acontece em pouco tempo. Pelo menos o futuro promete mais brigas legais entre figuras como Elon Musk e Mark Zuckerberg.
A TERCEIRA ETAPA? Na terceira etapa somos nós, como nos conhecemos hoje, que nos tornaremos obsoletos. Talvez “somos um só” fará mais sentido do que nunca. Na terceira etapa, nós seremos a rede!
