domingo, maio 19, 2024

A incrível geração de homens que “cagam para o padrão Rodrigo Hilbert” 

BLOG DO LEOA incrível geração de homens que "cagam para o padrão Rodrigo Hilbert" 

Rodrigo Hilbet começou a ganhar amplo destaque após as brincadeiras que o chamavam de “homão da porra” na internet. O sujeito é bonito pra caramba, cozinha uns negócios diferentes, faz as coisas de casa, constrói coisas, tem dinheiro, uma bela esposa e família, e tem uma postura bastante agradável, não é possível negar isso. Não conheço Rodrigo Hilbert, mas é possível sim dizer que é um cara bacana e admirável, com uma vida bem digna e aparentemente muito legal! A única macha na vida do pobre homem foi quando em um episódio se deu programa na GNT matou um filhote de ovelha para cozinhar, o que causou indignação nas mentes mais sensíveis que por algum motivo pensam que carne dá em arvore! 

Voltando ao “Homão da Porra”, como tem sido de costume nos últimos tempos, o que era para ser uma simples piada de internet começou a ganhar palco nas mais diversas problematizações e besteirinhas com pretensões filosóficas. Do nada, mas como era de se esperar, a piada “Homão da porra” deixou de ser uma simples piada para se tornar uma questão social e politica nas entranhas das redes sociais. O próprio Rodrigo chegou a ser questionado e dar declarações bem politicamente corretas dizendo que não gostava do rótulo de “Homão da porra”, afinal ele não fazia nada mais que as suas obrigações em casa e essas coisas que todos querem ouvir, tudo que seria mais um motivo para justificar o rótulo. Já pensou se a resposta dele fosse dizer que adora ser chamado de “Homão da porra” porque ele é demais mesmo e tal? Seria épico e os teclados pelo país iriam berrar com a fúria de 12 leões famintos, mas infelizmente não estamos preparados e não vamos vivenciar um acontecimento desse porte. Romário talvez diria. Puta Homão da porra o Romário!

 


Problematizações sobre a tal fama de Rodrigo Hilbert ganharam inúmeras vertentes, desde comentários que diziam que ele não deveria ser enaltecido por fazer suas obrigações como homem e marido, até postagens que elencavam uma série de homens negros de sucesso questionando porque um branco louro é que era reconhecido daquela forma. Até uma postagem que dizia que chamar o cara de homão da porra era tratar a Fernanda Lima (sua esposa) de maneira inferiorizada, logo, deveriam chama-la de “Mulher da Porra” ou parar de tratar Rodrigo dessa forma. Em um dado momento cheguei a acreditar que as pessoas acreditavam que quando os extraterrestres chegassem o Rodrigo Hilbert é quem seria escolhido pela ONU para fazer contato, o que não seria uma má ideia porque ele mesmo poderia construir sua própria nave para chegar até a Nave Mãe dos nossos vizinhos e ainda oferecer um rango para que se recuperassem na viagem cansativa. 

Nenhum dessas problematizações me incomodou, porque como falei já eram esperadas, e muitas me fizeram rir como me tem sido de costume. Só que hoje me deparo com duas publicações feministas que devo confessar que me incomodaram um pouco. A merda é que dizer que me incomodaram já um belo argumento para algum universitário do tipo  justiceiro social que faz cosplay de pobre me dizer que se me incomodou cumpriu sua função, não importando a imensidão da besteira que me incomodou. Verdade, você não tem como escapar, se um sujeito estiver cagando na cabeça da sua mãe alegando que é uma expressão artística e você se incomodar, ele dirá que a arte  dele cumpriu a função esperada de trazer incômodo para quem assistiu.

As problematizações feministas em questão, que sim me incomodaram, alegavam que os homens agora sim sabiam, ao se compararem com o Rodrigo Hilbert, como é se sentir inferiorizado diante de “certos padrões”. Ou seja: para elas, Rodrigo Hilbert como “Homão da porra” seria um calvário para o universo masculino, afinal certamente o “Homão da Porra” faria com que todos os homens se sentissem um lixo, envergonhados, diminuídos. Alguns sites de certo nome também fizeram matérias do tipo, dizendo como o cara era um PROBLEMA para os homens. Até um sujeito que fez um postagem super engraçada como uma “Carta aberta” pedindo para que ele fosse mais humilde porque estava difícil competir, foi tratado como algo que deveria ser levado a sério.

O que me incomodou de fato não foi o conteúdo das problematizações, mas sim a suposição de que uma piada que enaltece o Rodrigo Hilbert, ou o próprio Rodrigo, seriam capazes de colocar os homens na parede e ofender a nossa auto-estima, o que me diz muito mais sobre o olhar vitimista com que essas pessoas veem o mundo do que sobre os homens. Fala sério, nós consideramos divertida a piada, somos nós que também chamamos o Diego (jogador do flamengo) e o Tite (técnico da seleção) do mesmo jeito por serem fodas, somos nós que não exigimos o direito de sermos chamados de “Homão da Porra” também, e somos nós que não criamos movimentos de queima de cuecas por nos sentirmos oprimidos pelos musculos de nossos bonecos na infância. Também curtimos o Homer Simpson! Então por favor, não criem para nós um problema que não existe! 

O que eu acho engraçado é que grande parte das que se dizem  feministas não conhecem direito sequer as próprias mulheres e acham que conhecem os homens, como pode? Provocações de lado, podem ter certeza que nenhum homem de verdade (entenda como quiser), vai olhar o Rodrigo Hilbert com o rótulo de “Homão da Porra” e julgar que o mundo é injusto conosco porque o cara existe, a gente não liga. 

Um golpe de fato doloroso para nossa auto-estima é quando nosso time perde um clássico ou somos uns dos últimos escolhidos pro futebol do recreio, o Rodrigo Hilbert ser foda e cortar lenha não nos diz muita coisa. Lógico que não falo por todos, tem homem que não deixa de ser homem mas tem medo de barata e faz faculdade de moda, mas tenho convicção que falo pela ampla maioria. O Rodrigo Hilbert pode domar um dinossauro, se nossa mulher gritar desesperada por causa de uma barata nós ainda vamos nos sentir caçadores mega úteis e orgulhosos ao mata-la (a barata). Nem de longe nos consideramos os monstros que alguns posts de internet sugerem. 

Eu juro que tentei, mas não estou conseguindo descrever um sujeito todo sentimental e abalado se sentindo um bosta porque o Rodrigo Hilbert existe e seria uma espécie de “padrão inalcançável” que muito nos abala como homens. Estamos cagando pra isso tudo, sem deixar de admirar o “Homão da porra” quando fizer algo irado, mas a real é que só estamos aqui pela zoeira, sem mais.

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