sexta-feira, maio 10, 2024

O risco Trump

BLOG DO LEOO risco Trump

O mundo assistiu incólume e estupefato a vitória surpreendente de Donald Trump a Presidência dos Estados Unidos.  Poucos acreditavam na sua vitória já que as últimas pesquisas mostravam uma vantagem ainda que apertada da democrata Hilary Clinton. Assim como as bolsas de valores do mundo que já reagiram com o resultado. 

Trump, de personalidade forte e difícil ao mesmo tempo foi o tempo todo cercado de dúvidas e descrença da mídia do mundo pelas suas polêmicas e propostas extremistas demais na campanha. Trump conseguiu superar a todos numa eleição fraca em representatividade política e forte no nível baixo dos debates e dos dois principais candidatos. 

Trump venceu porque soube usar o seu público, soube dizer a eles tudo aquilo que eles queriam ouvir, carrega em si o estigma do ame ou odeie

Hilary perdeu também por erros próprios, por representar uma velha política que a diferenciava muito de Obama, por não ter clareza e firmeza em propostas. Hillary agora acusa o FBI pela derrota e não aceitou de primeira a derrota. Manifestações contra a vitória de Trump se sucederam até no Brasil como foi o caso da PUC, aqui no Rio de Janeiro.

A democracia norte-americana é engraçada a nossa vista porque na verdade, Hillary venceu Trump com mais de 600 mil votos de vantagem, mas quem decide é o colégio eleitoral que foi quem deu a vitória a Trump. 

Os EUA sempre votaram dessa forma e sempre funcionou. Mesmo com eleições, como a de 2000 onde Bush ganhou com menos votos do que Al Gore. 

De acordo com o número de habitantes, cada Estado elege um número determinado de membros do Colégio Eleitoral que representam proporcionalmente a população dos Eua.  

Não foi a maioria quem quis Trump. A maioria que o quis são de delegados que não necessariamente representam a vontade da população em suas necessidades. 

Trump tem um enorme desafio pela frente. O mundo e o país que acorda com medo do que pode vir não quer ver um muro da vergonha separando EUA e México.

 Não quer que imigrantes sejam tratados como lixo, não quer que a incrível reforma na saúde “Obamacare” que possibilitou a milhões de norte-americanos um acesso melhor a saúde acabe, como Trump disse que iria acabar. 

Trump agora recua, reconhece avanços do governo Obama.. mas por outro lado, o Ku Klux Klan, organização racista organiza uma passeata para comemorar a vitória do empresário. 

Trump não é o mau personificado num político mas representa uma guinada a direita que pode ter consequências aqui no Brasil, onde Jair Bolsonaro é cotado em pesquisas de opinião como um dos postulantes a Presidência da República. 

Trump promete fortalecer a economia americana e combater o Estado Islâmico em um mês. Trazer de volta as grandes indústrias aos Estados Unidos, que estão no mundo todo.  

Como ele vai conseguir isso? 

Esse é o risco e o fator Trump. 

Seu governo talvez não seja o melhor, mas ele será marcante, a custa do quê e de quê não sabemos mas ele será. 

Empresário, fora da política, de direita mesmo.. vamos ver no que vai dar. 

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